Apocalipse 14.14-20
Quando crianças, à noite, costumávamos contemplar o céu, contar as
estrelas e cantar canções infantis. Durante o dia, apreciávamos as nuvens. Elas
tinham contornos imaginários, cordeirinhos, cavalos, peixinhos... A atração
maior e mais interessante sempre era a sua movimentação. Na nossa fantasia
infantil, esses animais tinham vida.
O texto do apostolo João lembra o meu tempo de criança. Ele enxerga
numa nuvem branca um ser que parecia um homem. Com uma foice na mão, a figura
recebe a mensagem de três anjos para usar a ferramenta e colher as uvas que já
estavam maduras.
O texto é terrível. O que, num primeiro momento, parece ser motivo
de alegria, revela, no final, trata-se de juízo. Colheita de uvas maduras
sempre lembra o sabor de frutas recém-colhidas, frescas. No entanto, as uvas
colhidas com a foice – o que já é uma anomalia, pois não é com essa ferramenta
que se colhe o fruto das parreiras – são espremidas e transformadas num mar de
sangue.
O autor do Apocalipse aponta para o juízo de Deus. Quem não
permanece na videira, Jesus Cristo (João 15.1), será cortado. A foice não serve
para colher uvas, mas para cortar definitivamente os ramos infrutíferos.
Quando a hora da ceifa chegar! Deus, em sua sabedoria e amor,
revela-nos a sua paciência. Uvas que não estão maduras não serão colhidas. E,
enquanto a hora não chegar, ainda está em tempo de produzir frutos. Por isso,
ouça a mensagem do Senhor, alimente-se, para que você possa produzir muitos
frutos enquanto a colheita não chegar.
Santo
Seus, faze-nos entender o teu recado! Que saibamos interpretar os sinais da
natureza e que produza-nos frutos dignos do arrependimento, enquanto esperamos
pela hora da ceifa. Que o teu Espírito nos fortaleça. Amém.
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