Ester 9.1-19
Violência. Miséria. Medo. Desemprego. Desafeto. Intrigas. Estas
são palavras que têm dado o ritmo de nossa vida em sociedade, especialmente nos
grandes centros, mas, também, nas pequenas cidades e vilas. Vivemos sob o
pesado fardo de nossa incapacidade de conviver amorosa e fraternalmente uns com
os outros.
A vida é uma luta. E às vezes, cansa. É como diz aquela música de Chico
Buarque: “A gente vai contra a corrente até não poder resistir, na volta do
barco é que sente o quanto deixou de cumprir. Faz tempo que a gente cultiva a
mais linda roseira que há, mas eis que chega a roda viva e carrega a roseira
pra lá”.
No meio disso tudo, é absolutamente necessário que lembremos da
força e do consolo de Deus, que é amor. O Senhor cumpre suas promessas, segundo
as quais a justiça está garantida e prevalecerá. Por causa da fidelidade de
Deus, podemos encarar com esperança a luta do dia-a-dia. Como diz o poeta Ferreira
Gullar: “A vida, nós a fazemos nossa, alegre e triste. Cantando em meio à fome
e dizendo sim. Em meio à violência e a solidão, dizendo sim (...) Pelo amor e o
que ele nega, pelo que dá e que cega, pelo que virá, enfim. Não digo que a vida
é bela, tampouco me nego a ela: digo sim”.
A vida de Ester é um testemunho eloqüente de como ela própria e
seu povo perseveram em meio às aflições e como foram vitoriosos. Sempre de
novo, confiaram. Que sigamos o seu exemplo! Mesmo que tudo e todos digam que
devemos desistir, podemos acreditar e apostar na vida. Permaneçamos, pois,
firmes na esperança no Senhor.
Senhor
Deus e Pai de amor, somos gratos por tua companhia Mantém-nos unidos a Ti em
meio ao sufoco do dia-a-dia. Sustenta-nos na fé e na esperança, para que, um
dia, possamos estar diante de Ti, eternamente, livres e felizes. Amém.