Amós 7.10-15
“Tudo neste mundo tem o seu tempo. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de se alegrar; tempo de abraçar e tempo de afastar; tempo de ficar calado e tempo de falar” (Eclesiastes 3)
No texto indicado, Amós vive um dos dilemas acima. Está diante de duas ordens. Uma, do sacerdote Amazias, que o ameaça: “Fora daqui, seu profeta. Pare de profetizar” (vv. 12,13). A outra, proferida por Deus: “Vá e profetize”.
Calar ou falar? Acomodar-se ou arriscar-se? Qual será a escolha de Amós? A decisão não foi fácil. Afinal, a própria vida do profeta corria risco se continuasse a falar e a profetizar. Muitos calariam pelo medo. Mas, na sua simplicidade, Amós responde: “Não sou profeta por profissão; não ganho a vida profetizando. Mas o Deus Eterno mandou que eu deixasse os meus rebanhos e viesse anunciar a sua mensagem” (vv. 14,15).
Não há dúvida: o profeta cumpre o chamado de Deus. Passa a denunciar o pecado e a anunciar a mensagem divina num pais que vivia dias maus: desigualdade social, opressão dos poderosos, corrupção da justiça, vida religiosa corrompida e culto contaminado com práticas pagãs. É nesta realidade difícil que o profeta reconhece o seu tempo. Não é possível calar. Deus precisa dele. “Vá e profetize!” É tempo de falar e anunciar a mensagem de Deus.
E quanto a nós? Qual é o nosso tempo? Calar diante das injustiças e do pecado? Calar por vergonha de dar testemunho? Vamos reconhecer o nosso tempo e cumprir o chamado divino. Vá e profetize o amor e o perdão de Deus!
Ó DEUS, PAI DE AMOR, DÁ-NOS O MESMO ESPÍRITO DE FÉ QUE DESTE A TEU SERVO aMÓS, PARA QUE POSSAMOS CUMPRIR COM RESPONSABILIDADE E CORAGEM A MISSÃO DE DENUNCIAR AS INJUSTIÇAS E ANUNCIAR A GRAÇA DO TEU PERDÃO À HUMANIDADE. POR JESUS CRISTO, NOSSO SALVADOR. AMÉM.