terça-feira, 6 de agosto de 2013

Etapas


2 Coríntios 11.22-33 - São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendência de Abraão? também eu. São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto. Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem. E fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos.

Todos temos etapas a viver. Algumas vezes queremos saltá-las, ou por que estamos com pressa de ficar mais velhos, ou porque buscamos alguma promoção em nosso emprego, ou porque estamos sofrendo muito e ansiamos passar logo por aquilo, ou porque achamos que a próxima etapa da nossa vida será menos chata, etc. Mas a realidade não é esta. Cada etapa pela qual passamos em nossa vida nos ensina, nos faz crescer, nos faz mais sábios e nos prepara para a etapa seguinte.
Paulo, de cujos sofrimentos lemos hoje uma boa parte, foi capaz de escrever o versículo em Filipenses 4:12,13 em meio a eles. Paulo aprendeu a confiar no Senhor e a depender dEle em todos os momentos de sua vida e não somente naqueles que ele achava por bem.
Outro exemplo é o próprio Senhor Jesus. Sendo Deus, poderia ter soltado todos as etapas e se livrado de todo o sofrimento que passou. Ele nasceu como qualquer um de nós. Viveu uma vida nada fácil: já como criancinha teve de fugir com os seus pais, imaginamos que tenha trabalhado duro, precisou trinar doze homens, dos quais um o negou o traiu e, na hora em que mais precisava deles, todos fugiram. Sofreu até morrer, ressuscitou e alcançou a grande vitória. Ele não precisava passar por tudo aquilo, mas o fez para se identificar conosco, seres humanos. Não saltou nenhuma fase da sua vida. 
Também nós não devemos desejar livrar-nos de etapas da nossa vida, mas em cada uma confiar que o Senhor nos fará sair dela como vencedores. Não fique revoltado com as etapas de sua vida, mas confie que em todas o Senhor estará com você e que, se obedecer à direção dEle, o desfecho sempre será bom.

Benefícios

2 Coríntios 9.12-15 - Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos; E pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável.

Sempre gostamos de receber os benefícios que nos foram prometidos. Tomamos um remédio e esperamos ter o alivio que a bula garante. Investimos dinheiro no que cremos proporcionar lucro. Tiramos proveito das horas de estudo. Em tudo queremos ser os beneficiados. O trecho lido lembra um principio fundamental surpreendente estabelecido por Jesus quanto a isso: “Dêem, e lhes será dado” (Lucas 6.38). Os cristãos em Corinto receberam um apelo de Paulo para contribuírem com dinheiro a fim de aliviar o sofrimento de cristãos empobrecidos por uma fome geral. Paulo se incumbiu de levar as coletas ao destino. Não promete que um dia receberiam algo material em troca, mas que seriam abençoados de alguma forma pela resposta às orações dos destinatários. Deus não promete proveito imediato para quem dá, mas o beneficio aparecerá de alguma forma, podendo inclusive ser material. 
Em Provérbios 11.25 aponta na mesma direção. Cabe aqui uma palavra do escritor Salomão: “Atire o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo” (Ec. 11.1). Só Deus sabe trazer de volta um “pão” lançando pela fé. No Antigo Testamento, Rute, uma viúva moabita, exemplificou esse principio. Decidiu deixar seu povo para não permitir que Noemi, sua sogra e também viúva, voltasse sozinha à sua terra. Arriscou o seu futuro em benefício da sogra servindo-a como acompanhante dedicada, sem esperar ganhar algum beneficio. Lançou o “pão” da segurança na sua terra, deixando com Deus o retorno. O desenrolar da história é impressionante. Voltando a Israel, as duas encontraram Boaz, que as amparou, com o desfecho de Rute se casar com seu benfeitor. Por fim tornou-se bisavó do Rei Davi e encontra-se na linhagem de Jesus, o Filho de Deus (Mt. 1). Tudo porque um dia declarou: “O teu Deus será meu Deus!” (Rt 1.16)

Multiplicação


2 Coríntios 9.6-11 - E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus.

Era uma vez um hotel, um piano e uma menininha. O piano ficava num salão aberto aos hospedes do hotel. A menininha – não sei se também era hospede ou quem fosse, mas sempre andava por lá – tinha fascinação pelo piano e volta e meia o abria para martelar seu teclado com uma pecinha que estava aprendendo. Aquilo feria a sensibilidade auditiva dos hospedes que, quando ela se acercava do piano,saiam da sala.
Certa ocasião chegou ao hotel um famoso maestro que, notando os hospedes saírem de repente quando a criança ameaçava maltratar seus ouvidos, sentou-se sorrindo ao lado da menina e, colocando as suas mãos sobre as delas, transformou a peçazinha rude numa encantadora harmonia. À medida que esta tomava corpo, mostrando toda beleza da musica, a atuação do maestro atraiu de volta à sala um a um todos os hospedes que haviam fugido dali.
O Senhor Jesus Cristo, ao participar da nossa vida, faz algo semelhante com ela: transforma todas as nossas desarmonias em gloriosas melodias, multiplicando nossas capacidades, transformando nossas deficiências em benefícios para muitos e par a gloria de Deus. Lançamos os nossos esforços ao mundo como um punhado de sementes que por si nada têm a oferecer, mas, sob as mãos do Senhor, eles se multiplicarão em abundância. 
O texto bíblico em destaque trata do empenho dos cristãos de Corinto em ajudar os necessitados em Jerusalém e o compara com uma semeadura e a multiplicação da semente lançada. O lavrador que semeia ficará preocupado se não puder confiar na qualidade das suas sementes para o resultado do seu trabalho. Embora aquilo que temos a oferecer também seja muitas vezes precário, esta palavra nos promete que Deus mesmo multiplicará o que lhe entregarmos para que “resulte em ação de graças a Deus”. Vale a pena dedicar nossos a Deus e deixar que Ele os multiplique.

Muito Tande


2 Coríntios 5.16-6.2 - Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo.
(Porque diz:Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação;eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação).

Muitas pessoas deixam coisas sérias e importantes para o amanhã ou para algum futuro indefinido. Tal procedimento pode custar muito caro, até mesmo a própria vida.
Conta-se que, em meio a uma situação de conflito em seu país, certo general francês tomava um conhaque numa taberna quando chega um soldado e lhe entrega um envelope com a instrução: “Leia esta carta, assunto serio”. O general pensou: “Agora estou de folga, tomando a minha bebida preferida; amanhã verei o que está escrito nesta carta”.
Dá para imaginar o conteúdo da carta? Dizia: “Fuja imediatamente! Procuram tirar-lhe a vida nessa taberna!” A consequência foi que, no dia seguinte, encontraram o corpo dele crivado de balas. Pois bem, é fácil condenar a imprudência e tolice daquele general, mas vamos reler um trecho do texto bíblico em destaque: “Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. Pois ele diz: “Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação”. Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação” (2 Co 6.1,2).
Infelizmente podemos reconhecer nossa necessidade espiritual, saber que precisamos mudar de vida, mas ainda assim protelar para um amanhã que nunca chega a decisão de acertar a vida com Deus. Portanto, se você já sabe que precisa de Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, por que deixar essa decisão para outra hora? É a mesma atitude que a daquele general francês, para quem o dia de amanhã não chegou mais.
O Senhor Jesus Cristo diz: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3.20).
Por isso, não perca o privilégio de começar a viver por Cristo ainda hoje.

Somos Vasos


2 Coríntios 4.1-10 - Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos.

Se tivéssemos de fazer uma comparação entre o ser humano e algum objeto, qual escolheríamos? Um computador – que tem muitos dados armazenados em seu HD? Que tal uma geladeira – que fica ligada dia e noite trabalhando para conservar os alimentos para todos poderem ser bem alimentados? Uma flor – bonita, cheirosa, embora tenha alguns espinhos e murche rapidamente?
Deus fez essa comparação e escolheu um vaso de barro. Oportuno, pois um vaso de barro é frágil como todo homem. Deus ensina com essa comparação a necessidade de humildade que devemos demonstrar em nossa vida. É o que diz o texto: “para que a excelência do poder seja de Deus”.
Paulo quer deixar claro que o seu ministério dependia totalmente de Deus, tudo o que ele fazia e era estava intimamente relacionado com o que Cristo fazia em sua vida. Paulo não quer ser elogiado como um vaso de ouro, nem ser desprezado como se a sua não tivesse nenhum valor. Ele quer chegar a um equilíbrio. Ter o Espírito de Deus habitando em nós e ser portadores do grande tesouro do evangelho também dá segurança e força para a vitoria diante das dificuldades. Paulo descreve o que acontece conosco externamente por sermos como um vaso de barro e também como será nossa reação interna quando temos dentro de nós esse grande tesouro: “pressionados, mas não desanimados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos”.
Certamente devemos ser vasos submissos, humildes e dependentes do Senhor. Vasos valiosos por guardarem dentro de si um grande tesouro. Será que somos vasos conhecidos só pela beleza de nossa pintura ou vasos de barro com conteúdo valioso?

Salvação

1 Coríntios 15.1-11 - Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. Pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo. Portanto, quer tenha sido eu, quer tenham sido eles, é isto que pregamos, e é isto que vocês creram.

Um índio americano cristão encontrou-se com um incrédulo europeu que a todo custo tentava fazer o índio abandonar sua fé em Cristo. “que negocio é esse de salvação de que você fala?” perguntou o europeu. “venha aqui e eu lhe mostrarei”. Disse o índio. Juntando um punhado de folhas secas, arrumou-as em um circulo. Achando uma lagarta, colocou-a bem no centro do circulo. Riscou um fósforo e as folhas se transformaram num circulo de fogo com a lagarta no meio a se contorcer. Esticando o braço, o índio retirou a lagarta do meio do fogo e a colocou em seu colo. “isto é salvação”, disse o índio. “Foi isso que Cristo fez por mim”.
Na sua simplicidade, o índio explicou o que Cristo fez para nos salvar. Ele viu, lá do céu, que estávamos condenados à eternidade no inferno e interveio na história, deixando sua glória celestial, vindo ao mundo para nos salvar. Ele morreu por nós, movido pelo amor. Nós que estávamos condenados, sem nenhuma possibilidade de nos salvarmos, por nosso esforço pessoal, apenas temos de permitir que Ele nos salve.
Tão somente precisamos aceitar que Jesus Cristo seja nosso único e suficiente Salvador. No entanto, isso é difícil para a maioria das pessoas, pois declarar sua própria incapacidade exige humildade. Implica reconhecer que eu não posso fazer absolutamente nada para conquistar ou merecer a vida eterna com Deus. A Bíblia diz: “Pela graça vocês são salvos, por meio da fé; isto não vem de vocês, é presente de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9). 
Deixe que Jesus também salve você; não queria salvar-se a si mesmo, pois não conseguiria. Confie nEle e somente nEle para sua salvação!

O Amor Vence Tudo


1 Coríntios 13.1-3 - Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

Certa vez uma mulher, buscando aconselhamento com um pastor, disse a este o quanto odiava seu marido e que desejava divorciar-se dele. “quero machucá-lo o mais que puder”, disse ela. “Nesse caso”, completou o pastor, “eu a aconselho a enchê-lo com todo tipo de elogios e palavras de carinho. Quando, então, você se tornar indispensável para ele e ele pensar que você o ama desesperadamente, entre com a ação de divórcio. Esse é o melhor caminho para feri-lo”. Alguns meses mais tarde a mulher voltou ao pastor para relatar o que havia acontecido ao seguir seus conselhos. “Bom”, disse ele, “agora chegou o momento de você começar com a papelada do divórcio”. “Divorcio?” exclamou a mulher com indignação, “Jamais! Apaixonei-me por ele”.
Não é por acaso que a Bíblia diz que aquilo que o homem semear, isso também colherá (Gálatas 6.7). E não há semente que produza uma colheita melhor do que a semente do amor. Quando nos dedicamos a espalhar o amor, a nossa vida se enche de brilho, de satisfação e de verdadeira alegria. Um gesto de carinho, a mão que se apressa a ajudar, um sorriso sincero enchem nossa alma de gozo e, mesmo que não haja retribuição, tornam o nosso dia muito mais aprazível. É por isso que a Bíblia diz que o ódio provoca contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.
Quando estamos diante de um conflito, um instante de mau-humor, uma provocação ou uma atitude antipática, a pior coisa que podemos fazer é pagar com a mesma moeda. Quando fazemos isso, tomamos para nós as qualidades negativas dos que nos ofendem. Se devolvemos tudo com carinho e com amor, não apenas conservaremos nossa paz interior, como proporcionaremos aos ofensores a oportunidade de uma reflexão sobre suas ações e, talvez, de mudar sua maneira de agir.

Santa Ceia

1 Coríntios 11.23-29 - Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim". Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.

Um dos momentos mais esperados da igreja é a Santa Ceia. Todos na comunidade aguardam ansiosamente o domingo em que todos juntos repartimos e o fruto da videira. Jesus nos deixou a Ceia como lembrança e anúncio da sua morte e ressurreição.
O sangue de Jesus derramado na cruz demonstra que nenhum outro sangue precisa ser derramado para que a ira de Deus seja aplacada. O sacrifício de Jesus é perfeito. Na cosmo-visão do Antigo Testamento, o sangue representa a vida da pessoa. Ao nos oferecer o fruto da videira como seu sangue, Jesus nos oferece sua própria vida. Quem beber com fé nesse sacrifício de Jesus compartilha a vida eterna.
O pão, por sua vez, é o alimento básico da dieta dos israelitas, e continua hoje sendo um alimento básico para nós. Ao redor da mesa temos comunhão. Cada um pode tomar uma parte do que se reparte ali. Todos somos parte do corpo de Cristo. Passamos pela fé a participar efetivamente da comunhão dos crentes em Jesus, da Igreja, que é o corpo vivo de Cristo na terra.
Na Santa Ceia nos é demonstrado, portanto, o perdão de Deus, a vida eterna com Cristo, e a comunhão com Deus e com nossos irmãos. Porém, para que isto se torne uma realidade na minha vida, preciso antes examinar a intenção do meu coração.
Se eu desejar firmemente ser parte deste corpo, se eu crer que o que está sendo oferecido é a graça do próprio Deus, então sou digno de comer e beber. Entretanto, aquele que come sem fé em Jesus, ou duvidando do poder de Deus, come apenas sua condenação.

Posso

1 Coríntios 10.23-33 - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem. Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência. Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude. E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência. Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude. Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem? E, se eu com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças? Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.

Antigamente o relacionamento com Deus se baseava no cumprimento de leis, ritos e mandamentos, mas após Jesus ter concluído sua obra entramos em um novo tipo de relacionamento com o Eterno, que se baseia nos méritos de Cristo.
A submissão da nossa vida a Cristo, que chamamos de “conversão”, gera em nós uma nova vida, uma nova natureza não mais inclinada às obras “da carne” – da nossa velha natureza humana. Ora, se um rato se transformasse numa águia, seria de se esperar que quisesse voar: ninguém vai precisar cobrar dele que voe. Contudo, não poucas pessoas que professam Jesus como seu Senhor e declaram ter uma nova natureza vivem cheias de regras, com uma lista de proibições, obrigações, ritos, contribuições, achando que se obedecerem serão abençoadas e, se não o fizerem, serão castigadas. Todavia, o sangue de Jesus Cristo é suficiente para aniquilar todo e qualquer pecado, e a bondade e a misericórdia de Deus para conosco só dependem da sua graça. Logo, tudo e não preciso cumprir obrigação religiosa nenhuma.
É claro que, ao dizermos isso, alguém pode entender que “liberou geral” (mesmo porque existe gente que só precisa de uma desculpa). Entretanto, a questão não é algo ser ou não ser ou não permitido, mas o que é adequado à nova natureza em Cristo.
Se sou daqueles que olham para o mundo desejando fazer o mesmo que os outros, mas me seguro “por causa da religião”, melhor seria que fosse logo participar à vontade e deixasse de enganar a mim mesmo, pois viver dentro de um determinado figurino comportamental não significa nada se meu coração não tiver novos anseios de crer como imitador de Cristo – de edificar-me. 
A liberdade na aliança com o Pai, longe de me libertar para a libertinagem, abriu-me nova perspectiva de vida, na qual o prazer imediato a qualquer custo sai de foco por causa do anseio maior de ser como Cristo. Posso tudo, mas prefiro o que me edifica.

Cobiça não!

1 Coríntios 10.1-11 - Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar. Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar. Todos comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto. Essas coisas ocorreram como exemplos para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles fizeram. Não sejam idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: "O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra". Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram — e num só dia morreram vinte e três mil. Não devemos pôr o Senhor à prova, como alguns deles fizeram — e foram mortos por serpentes. E não se queixem, como alguns deles se queixaram — e foram mortos pelo anjo destruidor. Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos.

Segundo um estudioso da Bíblia, a cobiça é a busca constante da nossa satisfação à custa de outrem, até mesmo de Deus. É uma extrema preocupação com aquilo que o nosso ego deseja. Isso pode acontecer no relacionamento sexual, no namoro, nas amizades, no trabalho... Por exemplo, uma pessoa que usa de modo irresponsável o seu cartão de crédito para adquirir tudo o que quer e acaba acumulando dividas que não pode pagar, prejudica a si mesmo e à sua família por estar dominada pela cobiça. De igual modo, no âmbito maior, há empresas que cobiçam o sucesso de outras, razão pela qual existe a concorrência entre elas, muitas vezes desleal. Até mesmo as nações cobiçam bens das outras, o que pode resultar em conflitos armados.
No texto em destaque, lemos que o povo de Israel muitos se deixaram dominar pela cobiça de coisas más de outros povos (idolatria, imoralidade, conforto e alimentos especiais). Eles não puderam entrar na terra prometida por Deus, mas morreram e seus corpos ficaram no deserto. 
A cobiça não agrada a Deus! Não permita que ela o impeça também de desfrutar aquilo que Deus quer lhe dar – coisas que fazem parte da vida completa prometida por Jesus. Lembre-se: o contrário do egoísmo (que leva à cobiça) é uma atitude amorosa para com os outros – e o verdadeiro amor é sempre doador. Por natureza, quem ama busca sempre satisfazer o ser amado. Por exemplo, a Bíblia diz: “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Deus é amor; Ele deu o seu único Filho para morrer em nosso lugar, para que tivéssemos um relacionamento com Ele agora e na eternidade. Gratos por isso, devemos também amar quem Ele ama, sem desejar suas coisas ou tirar proveito dos outros.

Corrida

1 Coríntios 9.24-26 - Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar.

Antes de um atleta vitorioso chegar ao pódio houve muito treinamento, esforços e dedicação. Muitos desses atletas treinam durante o ano inteiro para participar de uma única corrida. Pensando nisso, quantas pessoas querem vencer na vida cotidiana sem passar por dedicação e esforços? No pódio, a alegria do vencedor é grande e ele não a esconde. Se formos analisar o sofrimento que ele passou antes disso, veremos que foram tantos os desafios que muitos desistem. Assim também é em nossa vida. Mas como vamos conquistar um objetivo se não nos esforçamos e persistimos naquilo que queremos alcançar? Assim como um atleta vencedor teve de treinar e obedecer às regras, nós também precisamos nos esforçar. Muitas pessoas querem subir na vida sem sofrimento, sem esforço, sem persistência e sem obedecer às leis. Querem que as coisas “caiam do céu”, mas assim a vida não tem graça! Não podemos ter medo dessa corrida, mesmo que exista a possibilidade de sofrimento. 
Na vida espiritual, também há uma corrida. Ela leva à vida eterna e exige de nós muito esforço e perseverança. Não devemos olhar para trás, mas rumo ao grande alvo que é Jesus (leia Filipenses 3.13-14). Temos de seguir suas regras, pois não há como manipular a vitória. Nesta corrida seremos notados por multidões e avaliados pelo Senhor, que está em todos os lugares e tudo vê. Não existe prêmio maior do que vencer essa corrida, cujos troféus não podem ser corroídos e nem roubados. O nosso treinamento não é tão pesado que não possamos praticar. Lembre-se dos sofrimentos de Jesus por nós – Ele não desanimou, foi até o fim e obteve a vitória. Decida seguir seu exemplo e livre-se de tudo que pode atrapalhar sua vitória nessa corrida. Fixe seus olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.2ª). Correr cansa, mas não desanime: prêmio vale a pena!

Aniversário

1 Coríntios 5.1-5 - Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus. 

Festejar “mais uma primavera” é registrar um ano a mais em nosso corpo, a temporária habitação terrena, e um ano a menos neste planeta, caminhando para a eternidade. Infelizmente muitos não gostam de refletir sobre essas coisas, pois se sentem incomodados. Achamos que não existe maior presente em nossa comemoração por mais um ano de vida que estarmos unidos com a família, desfrutarmos de saúde e vivermos na presença do Senhor. há porem, um presente ainda melhor que só Jesus Cristo pode dar: a vida eterna. Este não é passageiro nem pode ser roubado ou estragado pela ação do tempo. Nem mesmo todas as riquezas do mundo poderiam comprá-lo, e assim mesmo Jesus nos oferece seu presente de graça. Além da vida eterna, Deus nos dá outros belos presentes. Quando reparei no céu com seu azul tão bonito, enfeitando o infinito, e no sol e na lua que não posso tocar, mas que brilham para mim, passei a questionar quem tinha feito tudo isso de modo tão perfeito. Foi Deus, que também criou minha nova maneira de ser, de refletir e de agir com prudência. Essas informações foram obtidas no maior e melhor manual que existe – a Bíblia, escrita por homens inspirados por seu Espírito Santo. Ela é mais um presente dado por Deus.
Comemorar o aniversário com festa, mas sem Deus, é o mesmo que encenar uma peça de teatro e a platéia aplaudir por apenas alguns segundos. Recebemos “aplausos”, alguns abraços e presentes e nada mais. A realidade volta depois que a festa acaba e os convidados vão embora. Esta vida é temporária – você está preparado para o dia em que sua habitação terrena for destruída? Onde você passará a eternidade – na habitação celestial, com Deus, ou eternamente longe dEle? Convide Deus não apenas para a festa de seu aniversário, mas para ficar com você para sempre!

Divisão

I Coríntios 1.10-17 - Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês, e, sim, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer. Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. Com isso quero dizer que cada um de vocês afirma: "Eu sou de Paulo"; "eu de Apolo"; "eu de Pedro"; e "eu de Cristo". Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo? Dou graças a Deus por não ter batizado nenhum de vocês, exceto Crispo e Gaio; de modo que ninguém pode dizer que foi batizado em meu nome. ( Batizei também os da casa de Estéfanas; além destes, não me lembro se batizei alguém mais.) Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada. Cristo, Sabedoria e Poder de Deus

Em nossa vida, divisão só é boa quando se trata de repartir o que temos com os outros (e aprendemos a não ser egoístas), ou quando recebemos algo que foi repartido (o que nos ensina a ser gratos). Nas outras situações, ela significa conflito entre duas ou mais partes, em geral por idéias opostas. Ninguém abre mão de sua posição e cria-se uma barreira que separa as pessoas. Será que vale tanto a pena lutar para que se faça aquilo que penso? Só para provar que estou certo?
Na igreja de Corinto havia partidos e até uma espécie de concorrência entre os seguidores deste ou daquele líder, como lemos hoje. Esta é uma realidade em muitas igrejas, empresas e até famílias. Todos se apegar às suas idéias e posições, preferindo ter razão a viver unidos.
Há tempos li pela internet a seguinte história: Oito da noite, numa avenida movimentada, o casal já está atrasado para um jantar na casa de amigos. Numa esquina, ela o orienta a virar à direita, mas ele insiste em ir para a esquerda e segue pela direção errada. Discutem. Percebendo que, além de atrasados, ficariam irritados e isso estragaria toda sua noite, ela não insiste mais. Após andar algumas quadras na direção oposta à que tinham de ir, o motorista se dá conta do erro e para o carro. Depois de um suspiro bem longo, ele tem de voltar todo o caminho percorrido até chegar ao mesmo ponto onde fizera a escolha errada. Constrangido, pergunta à esposa se ela tinha percebido o erro dele. Ela diz que sim, surpreendentemente calma. Ele reclama que ela deveria tê-lo avisado e culpa-a pelo atraso adicional. Então, ela sorri e diz que não quis piorar ainda mais a situação com uma discussão, pois preferia ser feliz a ter razão. 
Brigar e causar divisões não leva a lugar nenhum. Deus prefere que lutemos pela unidade, nem que para isso tenhamos de deixar de lado nossas certezas e opiniões. Onde o amor predomina, deus é glorificado.