quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Permanecer em Cristo

Permanecer em Cristo
João 15.1-8 -  Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.
Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado.
Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.
"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.
Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.

“Permaneçam em Mim” Foi a ênfase de Jesus como a necessidade primordial no discurso que lemos.
Se Cristo é o tronco da videira e nós os seus ramos, sem duvida é necessário, acima de tudo, permanecermos na videira para que possamos produzir frutos. Não podemos imaginar um ramo dando fruto desligado da videira. Um ramo separado da videira é um ramo morto, sem vida.
De igual modo, se como cristão desejamos produzir frutos em nossa vida espiritual, como de fato é o desejo do nosso Pai Celestial, é imprescindível permanecermos unidos a Cristo.
Esta é o milagre dos milagres! A vida de Cristo em nós: seu desejo, nosso desejo; seu propósito, nosso propósito; sua obra, nossa obra; seus ideais, nossos ideais! Assim como o ramo não pode produzir sem o tronco e a lua não daria nenhuma luz sem o sol, os cristãos também não podem viver sem Cristo, “pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (v.5b).
Tão verdadeiramente como Cristo revelou o Pai neste mundo, cumprindo o seu mandato, fazendo a sua vontade e o seu trabalho, os cristãos deveriam refletir a respeito do Mestre, na palavra, no pensamento, nos atos, vivendo como Ele viveu. É o que nos diz a Palavra de Deus: “Sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Efésios 5.1,2). “Permaneçam em mim” – os frutos da nossa vida dependem dessa intima relação, sem a qual nenhum cristão será útil. Portanto, não seja você, prezado leitor, inativo nem infrutífero na igreja de Deus pela negligência ou indiferença. Permaneça em Cristo Jesus, mantendo o contato com Ele e obedecendo às suas instruções, e assim produza frutos, muitos frutos para o reino de Deus.

Extremo

Extremo
João 13.1 -  Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.

Sou uma pessoa não muito romântica, mas muito sentimental, que chora ao ver filmes – e às vezes até propagandas – que mostrem histórias de amor. Declarações, presentes, o carinho de minha esposa – tudo isso me comove e faz com que eu a ame ainda mais. Pensei que conhecia o amor e sabia demonstrá-lo até que conheci uma forma extrema de amar. Alguém que ama sem esperar nada em troca, conhecendo minhas falhas e minha incapacidade de retribuir um pouco desse amor... Um amor sem limites, que chegou ao ponto de abrir mão de tudo por minha causa. E por você também. Esse “alguém” é Jesus. No texto que lemos, vemos que Ele tinha consciência de todo sofrimento que se aproximava (prisão, torturas, humilhação e morte na cruz). Mesmo assim, continuou amando. Amou seus discípulos até o fim, mesmo sabendo que um deles o trairia, outro (que dizia amá-lo) o negaria e a maioria deles o abandonaria nos momentos mais difíceis. Apesar de tê-los alertado sobre tudo o que tinha de passar para cumprir sua missão, eles só compreenderiam após a ressurreição. Que amor é este, que continua apesar de tudo? Em João 3.16 lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Será que temos noção do que significa este “tanto”? Ainda não tenho filhos, mas já sei que não amo tanto assim a ponto de entregar um filho amado por pessoas que nem merecem tamanho sacrifício. Foi isso que Deus fez! Tudo isso foi necessário para que pessoas tão desprezíveis como nós tivéssemos um relacionamento com Deus, agora e na eternidade. Tanto amor por pessoas que nem sabem amar... 
Lendo o restante do capitulo, vemos que o amor divino tem a ver com entrega e serviço. Quem ama, faz de tudo pelo outro, sem esperar nada em troca. Deus espera que amemos assim (v.34-35) é por esse amor que seremos conhecidos como seguidores de Cristo. Então, agradeça a Deus por seu extremo amor e entregue-se a Ele!

Atrasado?

Atrasado?
João 11.17-46 -  Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.
(Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios. )
E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.
Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.
Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?
Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.
Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele.
(Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)
Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.
Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.
E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê.
Jesus chorou.
Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.
E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?
Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.
Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.
Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.
Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.
E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.
E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.
Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.
Mas alguns deles foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito.
É bem provável que você já se tenha atrasado para algum compromisso, o que costuma ser desagradável. Além de ser deselegante, chegar atrasado é frustrante para quem está aguardando. O texto que lemos mostra claramente que Jesus chegou atrasado, e bem atrasado, pelo menos do ponto de vista das pessoas que o aguardavam. Lázaro o amigo de Jesus, havia falecido. Entretanto, Jesus fora avisado sobre a grave enfermidade de seu amigo e mesmo assim ainda permaneceu dois dias no lugar onde estava. Só então resolveu partir para vê-lo. Jesus chega atrasado de propósito, Lázaro já estava morto há quatro dias! Todavia, o atraso de Jesus tinha propósitos bem específicos. O primeiro deles era a glorificação do nome de Deus (v.4): era preciso que Lázaro morresse para que mais uma vez Jesus pudesse demonstrar seu poder. O atraso de Jesus também criou a oportunidade para uma importante conversa com Marta e Maria, as irmãs de Lázaro, que estavam muito angustiadas e quase acusaram Jesus quando disseram: “Se estivesses aqui, ele não teria morrido” Elas acharam que a presença de Jesus teria resolvido o problema. Será que Jesus não poderia ter vindo um pouco antes? No entanto, o Mestre queria fazer algo maior em suas vidas. Por fim, Jesus traz Lázaro de volta à vida, para a glória de Deus e sinal da sua divindade para as pessoas. Em tudo há um propósito. Assim como Marta e Maria, muitas vezes você pode achar que Deus já está atrasado, que Ele já deveria ter agido nessa ou naquela situação. É importante lembrar, porém, que não temos o controle da vida em nossas mãos, e Deus em sua infinita sabedoria, sabe exatamente onde e principalmente quando agir. Não fique desanimado nem desesperado, Deus não perde a hora. Por isso, entregue seu caminho ao Senhor e Ele agirá, no tempo dEle (Salmo 37.5).

O Maior Amigo

O Maior Amigo
João 11.1-6 -  Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, deBetânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.
Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

Como é bom saber que temos amigos e, mais ainda, que podemos contar com eles. Essa nossa habilidade de ter relacionamentos e ser amigos não vem de hoje. Jó, por exemplo, é mencionado na Bíblia como alguém que passou por dificuldades terríveis, mas seus três amigos estiveram ao seu lado – apesar de não terem sido bons conselheiros. Mais interessante ainda é que a amizade não está restrita somente à esfera humana. Abraão foi conhecido como amigo de Deus (Tiago 2.23); Jesus também tinha amigos (foi até criticado por se relacionar com pecadores) e no versículo de João 15.15 (Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.) vemos que Ele mantinha um relacionamento de amizade com os seus discípulos. Mas o que dizer do fato de Jesus parecer tão “tranqüilo” com a noticia da doença de Lázaro? Seria realmente um amigo? Por que não fez nada? Por que não foi imediatamente resolver o problema? Geralmente são essas as perguntas que fazemos quando passamos por alguma dificuldade, não é mesmo? Mas não podemos esquecer que Jesus amava aquela família e também nos ama muito. Isto está muito claro na Bíblia. Além disso, podemos aprender aqui duas grandes e maravilhosas lições: 1) o verdadeiro amigo sabe a melhor hora de ajudar e 2) nossa amizade precisa glorificar o nome de Deus. Você acha que foi fácil para Jesus esperar mais dois dias para só então começar a viagem até seu amigo, tendo poder para curá-lo inclusive à distância? Se aos olhos humanos Ele demorou para atender Lázaro, assim fez porque foi preciso para a fé de seus seguidores e, principalmente, para a glória do Pai. Por isso, nunca se esqueça: Jesus é nosso melhor amigo! Ele sabe o que é melhor para nossas vidas e nos atende em qualquer situação, conforme os propósitos de Deus.

Entre!

Entre!
João 10.1-13 -  Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora.
E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.
Jesus disse-lhes esta parábola; mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.
Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.
Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.
Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.
Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.
Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.

Quantas pessoas estão neste momento desanimadas e desacreditadas! Os problemas são tantos que não parece haver solução. Quando vamos atrás de uma saída, o espaço é tão imenso que nos perdemos. Tropeçamos, caímos, somos machucados e decepcionados e quando percebemos estamos à beira de um abismo. No desespero, muitos acabam buscando respostas consultando lobos disfarçados de ovelhas – ou ladrões e assaltantes, como diz o texto que lemos. Solicitam conselhos e opiniões sem examinar a idoneidade moral de seu conselheiro. É preciso lembrar que o status social de uma pessoa não demonstra seu caráter. Feliz aquele que não busca conselhos de pessoas que não seguem a Deus. O rei Salomão nos dá uma grande lição de humildade, pois apesar de sua reconhecida sabedoria, buscava conselhos de outras pessoas. Em Provérbios aprendemos que os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros (Provérbios 15.22). Bons conselhos podem ajudar a encontrar a saída, mas temos de consultar pessoas capazes e sinceras.
Muitos querem encontrar uma saída quando na realidade deveriam procurar uma entrada... pela porta certa. Um exemplo disso são os usuários de drogas. Eles têm de buscar uma entrada, ou seja, um novo caminho, não apenas uma saída – para onde? Precisamos de um caminho repleto de amizades sadias, de paz e de respeito entre as pessoas. Como encontrá-lo?
Jesus afirmou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6). Jesus é o único caminho; a única verdade e a vida verdadeira. Só por Ele temos acesso ao Pai e à vida eterna na glória de Deus. Jesus não é a saída e sim a porta (como lemos no texto de hoje) de entrada para a libertação que nos levará, certamente, a uma nova vida agora e eternamente.

Não Vejo!

Não Vejo!
João 9.13-41 -  Levaram aos fariseus o homem que fora cego. 
Era sábado o dia em que Jesus havia misturado terra com saliva e aberto os olhos daquele homem.
Então os fariseus também lhe perguntaram como ele recebera a visão. O homem respondeu: "Ele colocou uma mistura de terra e saliva em meus olhos, eu me lavei e agora vejo".
Alguns dos fariseus disseram: "Esse homem não é de Deus, pois não guarda o sábado". Mas outros perguntavam: "Como pode um pecador fazer tais sinais miraculosos? " E houve divisão entre eles.
Tornaram, pois, a perguntar ao cego: "Que diz você a respeito dele? Foram os seus olhos que ele abriu". O homem respondeu: "Ele é um profeta".
Os judeus não acreditaram que ele fora cego e havia sido curado enquanto não mandaram buscar os seus pais.
Então perguntaram: "É este o seu filho, o qual vocês dizem que nasceu cego? Como ele pode ver agora?"
Responderam os pais: "Sabemos que ele é nosso filho e que nasceu cego.
Mas não sabemos como ele pode ver agora ou quem lhe abriu os olhos. Perguntem a ele. Idade ele tem; falará por si mesmo".
Seus pais disseram isso porque tinham medo dos judeus, pois estes já haviam decidido que, se alguém confessasse que Jesus era o Cristo, seria expulso da sinagoga.
Foi por isso que seus pais disseram: "Idade ele tem; perguntem a ele".
Pela segunda vez, chamaram o homem que fora cego e lhe disseram: "Para a glória de Deus, diga a verdade.
Sabemos que esse homem é pecador".
Ele respondeu: "Não sei se ele é pecador ou não. Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo!"
Então lhe perguntaram: "O que ele lhe fez? Como lhe abriu os olhos?"
Ele respondeu: "Eu já lhes disse, e vocês não me deram ouvidos. Por que querem ouvir outra vez? Acaso vocês também querem ser discípulos dele?"
Então o insultaram e disseram: "Discípulo dele é você! Nós somos discípulos de Moisés!
Sabemos que Deus falou a Moisés, mas, quanto a esse, nem sabemos de onde ele vem".
O homem respondeu: "Ora, isso é extraordinário! Vocês não sabem de onde ele vem, contudo ele me abriu os olhos.
Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade.
"Ninguém jamais ouviu que os olhos de um cego de nascença tivessem sido abertos.
Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma".
Diante disso, eles responderam: "Você nasceu cheio de pecado; como tem a ousadia de nos ensinar? " E o expulsaram.
Jesus ouviu que o haviam expulsado, e, ao encontrá-lo, disse: "Você crê no Filho do homem?"
Perguntou o homem: "Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia?"
Disse Jesus: "Você já o tem visto. É aquele que está falando com você".
Então o homem disse: "Senhor, eu creio". E o adorou.
Disse Jesus: "Eu vim a este mundo para julgamento, a fim de que os cegos vejam e os que vêem se tornem cegos".
Alguns fariseus que estavam com ele ouviram-no dizer isso e perguntaram: "Acaso nós também somos cegos?"
Disse Jesus: "Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece".

Um cego fora curado por Jesus, mas muitos duvidaram. Não conseguiram acreditar em tal milagre. Alguns acharam que não se tratava do cego que conheciam. Afinal, como um cego de nascença poderia, de repente, passar a enxergar? Os fariseus, especialistas na Lei de Deus, acharam melhor acusar Jesus de transgredir a lei do sábado do que reconhecer que Ele era mesmo o Filho de Deus. Fizeram um interrogatório com o cego e até chamaram seus pais para confirmar se tinha sido cego mesmo. Tudo indicava que Jesus tinha feito o milagre – mas como, se para os fariseus ele era tão pecador quanto qualquer outra pessoa?
Eles achavam que conheciam tudo sobre Deus, mas Jesus lhes mostra que agiam como cegos: viam as obras de Deus, mas não acreditavam nelas. Preferiam provar que Jesus era um farsante do que crer nEle como o Messias prometido por Deus em sua Palavra, que eles tanto estudavam. Jesus fora enviado por Deus para “pregar as boas novas aos pobres... proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lucas 4.18-19), ou seja, veio para que aqueles que quiserem ver cressem nEle e recebessem a vida eterna com Deus. Ele sabia que sua vinda também deixaria muitas pessoas confusas, “cegas” em suas convicções.
É fácil condenar os fariseus por sua cegueira espiritual, mas não agimos assim muitas vezes? Quando apelamos à ciência para explicar a cura de doenças, o surgimento do universo, as mudanças no clima, as coincidências cotidianas... Deixamos de agradecer e glorificar a Deus, reconhecendo seu senhorio sobre tudo e todos, para atribuir o que nos acontece ao acaso, à bondade dos outros ou às nossas próprias capacidades. Não estamos também agindo como cegos? Abra seus olhos para reconhecer a ação de Deus no mundo e em sua vida!

Cegos

Cegos
João 9.1-11 -  Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?" Disse Jesus: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele. Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo". Tendo dito isso, ele cuspiu no chão, misturou terra com saliva e aplicou-a aos olhos do homem. Então lhe disse: "Vá lavar-se no tanque de Siloé" ( que significa Enviado ). O homem foi, lavou-se e voltou vendo. Seus vizinhos e os que anteriormente o tinham visto mendigando perguntaram: "Não é este o mesmo homem que costumava ficar sentado, mendigando?" Alguns afirmavam que era ele. Outros diziam: "Não, apenas se parece com ele". Mas ele próprio insistia: "Sou eu mesmo". "Então, como foram abertos os seus olhos? ", interrogaram-no eles. Ele respondeu: "O homem chamado Jesus misturou terra com saliva, colocou-a nos meus olhos e me disse que fosse lavar-me em Siloé. Fui, lavei-me, e agora vejo".

Enquanto esteve na terra, Jesus encontrou muitas pessoas que sofriam, seja com o preconceito (publicano, prostitutas, gentios) ou devido a problemas de saúde (como lepra, cegueira ou paralisia). No texto de hoje, lemos sobre um homem que nunca tinha enxergado na vida. Para um cego naquela época – sem sistema de leitura em braile, cão-guia ou qualquer facilidade para sua locomoção – não havia opção a não ser mendingar e depender da caridade alheia para ter um pouco de dignidade. No entanto, foi a cegueira que levou aquele homem a encontrar Jesus e a ser curado por Ele. não apenas passou a ver: toda a sua vida foi transformada. Os que se acostumaram a vê-lo pedindo esmolas nem podiam reconhecê-lo. Além da mudança externa e visível, o ex-cego sabia que sua mente tinha sido transformada também. Ele conhecera um homem diferente, que o amou apesar de sua deficiência e fez o que pôde para mudar sua situação social e espiritual – deixou de ser mendigo, passou a crer em Cristo e adorou-o como Filho de Deus.
Como aquele homem, somos cegos – espiritualmente – até que Jesus abra nossos olhos e passemos a ver o amor de Deus por nós. Somente quando o conhecemos somos capazes de enxergar um novo caminho e de ter um novo relacionamento com Deus e com as outras pessoas. Quando escolhemos a nova vida em Cristo, aprendemos a adorar somente a Deus, a perdoar e amar os outros e a colocar em prática o que a Bíblia ensina. Podemos, então, “ver” Deus como Ele é, e também a nós mesmos como realmente somos: totalmente dependentes dEle. Passamos a desejar que todos os outros cegos passem a ver, como nós, ensinando que Cristo veio ao mundo para que aqueles que não vêem, vejam (João 9.39). 
Quando encontramos Jesus e decidimos ser seus discípulos, Ele cura nossa “deficiência espiritual” e transforma nossa vida. Você quer deixar de ser cego? Busque Jesus! Ele abrirá seus olhos e lhe dará nova vida!

Acusação

Acusação

João 8.1-11 -  Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras. Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo. Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?" Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo. Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela". Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão. Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?" "Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".

O ser humano sabe exatamente o que está errado – na vida dos outros, não na sua. Facilmente julgamos e acusamos os outros – se alguém agiu errado, merece punição. Não foi assim no no texto em destaque? Alguns homens muito respeitados trouxeram a Cristo uma mulher adultera – perante eles, uma “pecadora” que merecia a morte. Eles queriam mesmo era pôr Jesus à prova: será que Ele era amigo dos “pecadores” ou dos que levaram a sério os mandamentos de Deus? Conhecendo suas intenções, Jesus permite o apedrejamento, mais com a condição de que aquele que iniciasse a punição fosse uma pessoa sem falhas. Ninguém poderia executar a Lei, a não ser o próprio Cristo. Todos foram desmascarados, e um a um foram embora conscientes de sua condição – eram tão pecadores quanto ela.
Freqüentemente esquecemos que todos somos pecadores (Romanos 3.23). Acusamos os outros por seus erros, mas também cometemos os nossos. Quando Deus mostra a verdade, temos de deixar nossa postura arrogante e pedir perdão ao Senhor por nossos erros. Aquela mulher foi perdoada por Cristo e recebeu uma nova chance: a possibilidade de uma vida diferente.
Assim também é conosco. Quando paramos de julgar os outros e passamos a olhar para nossa própria vida, descobrimos que ainda há tanta coisa que desagrada a Deus e precisa ser abandonada. Precisamos entregar tudo ao único Juiz, confessar nossos erros e pedir seu perdão. Aos poucos, Deus vai transformando nossa vida – não para que sejamos melhores que os outros, mas para que possamos viver pela graça, conscientes de nossas falhas. À medida que isso acontece, paramos de julgar os outros, tão pecadores quanto nós. 
A partir de hoje, antes de acusar alguém, lembre-se de que você também erra e é tão dependente da graça divina quanto qualquer outra pessoa. Dê uma nova chance aos outros, assim como Deus nos dá também.

Pão

Pão

João 6.35 - Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.

Os israelitas faziam apenas duas refeições (o desjejum e a janta) e em ambas comiam pão – na refeição da noite, este era usado para retirar o alimento de uma vasilha comum. Praticamente todos os dias as mulheres tinham de fazer pão, e havia fornos comunitários para assá-los. O pão era o alimento básico daquele povo, como para muitas pessoas. Ainda hoje há aqueles que todos os dias vão comprar pão quentinho na padaria.
No texto de hoje, Jesus declara que é o pão da vida. Pouco antes, Ele tinha multiplicado pães e peixes e alimentado mais de cinco mil pessoas. Como seria bom ter pão de graça todo dia – e foi isso que as pessoas pediram no v.34, repetindo a atitude da samaritana, que não queria mais buscar água todo dia no poço (João 4.15). Mas o pão do qual Jesus estava falando é diferente – não fica duro, mofado ou envelhecido. Não é perecível ou mesmo material: não é “algo”, mas uma pessoa – Cristo. Ele é o alimento espiritual que sacia as necessidades espirituais. Será que as pessoas queriam realmente ter o pão sobrenatural ou estavam apenas preocupadas com suas necessidades físicas e materiais? A pergunta também vale para nós, hoje.
É interessante observar que Jesus se identifica com o pão e a água, elementos vitais para nossa sobrevivência física. Ele oferece o básico. Da mesma forma, muitos não percebem que sua necessidade espiritual de Cristo é tão básica e imprescindível sem Ele não há como viver verdadeiramente. Podemos estar saudáveis fisicamente, mas “passando fome” espiritualmente.
Esta pode ser sua situação, e sua fome somente será satisfeita em Jesus. Para isso, você precisa pedir perdão a Deus por seus erros e confiar totalmente em Cristo, entregando a Ele sua vida. Fazendo isso, você ainda terá de consumir alimentos, mas não terá mais fome espiritual, satisfeita para sempre por meio de um novo e vivo relacionamento com Deus.

Expectativa

Expectativa
João 4.46-53 - Mais uma vez, ele visitou Caná da Galiléia, onde tinha transformado água em vinho. E havia ali um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum. Quando ele ouviu falar que Jesus tinha chegado à Galiléia, vindo da Judéia, procurou-o e suplicou-lhe que fosse curar seu filho, que estava à beira da morte. Disse-lhe Jesus: "Se vocês não virem sinais e maravilhas, nunca crerão". O oficial do rei disse: "Senhor, vem, antes que o meu filho morra". Jesus respondeu: "Pode ir. O seu filho continuará vivo". O homem confiou na palavra de Jesus e partiu. Estando ele ainda a caminho, seus servos vieram ao seu encontro com notícias de que o menino estava vivo. Quando perguntou a que horas o seu filho tinha melhorado, eles lhe disseram: "A febre o deixou ontem, à uma hora da tarde". Então o pai percebeu que aquela fora exatamente a hora em que Jesus lhe dissera: "O seu filho continuará vivo". Assim, creram ele e todos os de sua casa.

Se a história que você acabou de ler fizesse parte de um seriado, daqueles em capítulos na imprensa ou na televisão, o autor certamente interromperia a narrativa após o versículo 50 com algo como: “Como o oficial encontrará seu filho? Não perca o próximo capítulo” Para João o que importa não era deixar o leitor nessa expectativa, mas aquele oficial certamente passou por essa sensação. Entre o encontro com Jesus e o reencontro com seu filho havia uma viagem de Caná a Cafarnaum, e o texto diz que ele só chegou ao destino no dia seguinte. Aflito como estava pela cura do filho, imaginamos a tensão que ele sentiu nesse intervalo. O relato diz apenas que ele confiou na palavra de Jesus, apesar de Jesus lhe ter negado seu primeiro pedido – de acompanhá-lo até o lugar. É verdade que, com isso, Jesus transmitiu segurança ao mostrar tranquilamente que sabia o que estava dizendo e fazendo. Se o acompanhasse, a expectativa talvez não fosse melhor: Jesus vai examinar o rapaz – será que vai conseguir fazer algo? Aqui o homem já partiu com a promessa de atendimento – mas era apenas uma promessa, nada visível.
Para nós, levanta-se diante dessa história a questão de como lidamos com as promessas de Deus, porque Ele também não nos acompanha visivelmente. No entanto, ao ler a Bíblia, encontramos com freqüência suas promessas para nós – não necessariamente de cura de doenças, como aqui, mas do seu cuidado com nossa vida e de orientação para ela, de seu amor e misericórdia diante de nossas debilidades e falhas. Mais ainda, para nos tornar cada vez mais semelhantes a Ele mesmo (2Pe 1.4)! 
O procedimento daquele oficial pode ensinar-nos a ficar tranqüilos a respeito do que Deus nos promete, mesmo se durante algum tempo ainda ficarmos sem enxergar nada, porque, como diz o versículo de Salmo 33.4, Deus é fiel e sua palavra não falha.

Dependência

Dependência
João 4.1-8 - E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário passar por Samaria. Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.

Você é capaz de imaginar o que alguém que tem todo o poder pode fazer? Há muitas pessoas neste mundo que já realizaram grandes coisas. Mas Deus, sendo onipotente, pode fazer tudo o que Ele quiser. Jesus, sendo Deus, também. Embora Ele mesmo tenha se limitado quando veio ao mundo, mostrou que tinha poder para fazer o que queria: andou sobre as águas, ressuscitou mortos, acalmou uma tempestade, multiplicou alimentos, curou pessoas doentes, etc. Neste sentido, podemos concluir que Ele não depende de nenhum ser humano para realizar o que Ele quer. Mesmo assim, diversas vezes percebemos que Jesus pediu àqueles que estavam ao seu redor que o ajudassem em alguma coisa. Será que Ele dependia daquilo que os outros fariam por Ele? Será que Ele autolimitou a ponto de não poder prover para Si o que era necessário? De jeito nenhum! Assim como em outras vezes, também no caso do texto de hoje Ele mesmo poderia resolver a situação, tirando a água do poço para matar a sua sede. Talvez não precisasse sequer do poço e muito menos da samaritana.
Então, por que Jesus pediu água àquela mulher? Se Ele não precisava dela, por que pediu a sua ajuda? A resposta é simples: não era Jesus que precisava da mulher, mas era ela que precisava de Jesus. O restante da história deixa isso muito claro. 
Jesus faz assim também conosco. Muitas vezes nos pede para fazermos alguma coisa e achamos que Ele depende de mim e de você para que seja realizada. Grande engano. Ele não depende de nenhum cristão, por mais dedicado e envolvido que sejamos em sua obra. Ele pede que façamos algumas coisas, não por depender da nossa ajuda, mas porque nós dependemos dEle. Desta forma, além de nos ajudar, ainda nos dá o grande privilégio de servi-Lo. Sirva ao seu Senhor, lembrando sempre que é você quem precisa dEle.

Filhos de Deus

Filhos de Deus

João 3.1-21 - E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.

Em nossa comunidade temos um grupo para o qual convidamos pessoas que não freqüentam nenhuma igreja e que gostariam de ouvir uma mensagem sobre Jesus. Numa das primeiras mensagens, fui provocativo ao dizer que a frase “todo mundo é filho de Deus” é uma mentira. As pessoas se assustaram, pois tinham isso por verdade. Alguém que teve alguma instrução cristã argumentou que todos nós fomos criados por Deus e, portanto, deveríamos ser seus filhos. Sim, deveríamos todos ser filhos de Deus, mas não é esta a realidade. O versículo 18 fala algo que não é comum ouvirmos: quem ainda não crê, ou quem permanece não crendo já está condenado.
Quem pensa que Deus o aceitará por causa das coisas boas que fez na vida, imagina que existe uma escada para chegar até Ele. cada boa ação significa um degrau, e com isto subiríamos até Deus. A fé seria só mais um degrau, como qualquer coisa boa que fizéssemos.
Jesus Cristo, porém, foi duro com o mestre Nicodemos e terá de ser duro conosco também. Existem apenas dois caminhos: um que leva para a vida eterna, outro que leva para a condenação e o inferno. Quem ouve o chamado de Jesus Cristo e pela fé o admite como Senhor da sua vida pode ter certeza de que Deus é fiel e já agora o recebe como filho (veja também João 1.12). Porém quem permanece indeciso, deixando para amanhã a resolução que só pode ser tomada agora, está deixando a chance da sua vida passar de largo. Quem continua não crendo ou deixou de crer em Cristo já condenado ao afastamento eterno de Deus. 
Não existe aquela posição “em cima do muro” diante de Deus. A Palavra de Deus chama, convoca, exige. Quem crê tem vida eterna, quem não crê já está longe de Deus.