TREINANDO SUA FAMÍLIA

I Pedro 5.8, 9a

Por que há tantas famílias se desfazendo? Certamente não existe uma resposta simplista para essa pergunta. Há inúmeros fatores, porem, a meu ver, o principal é que o inimigo, Satanás, está decidido a destruir a obra-prima de Deus. Precisamos conhecer suas frentes de ataque para ter como nos defender e reagir. Acredito que, entre outras, ele tenha preferência por três estratégias:

- Alienar e romper de forma definitiva o relacionamento conjugal;

- Efetivar a quebra de relacionamento entre pais e filhos;

- Tornar o relacionamento entre a pessoa e Deus ineficaz, afastando-a das disciplinas espirituais.

O inimigo não é tolo. Ele tem um plano estrategicamente “bem bolado”, um método diabólico utilizado milhões de vezes com sucesso. Em seu intuito de destruir a família, focaliza sua atenção no homem, o cabeça do lar. Se ele consegue neutralizá-lo, faz o mesmo com a família.

Por outro lado, uma família em que o marido e esposa estejam atentos, procurando proteger-se das artimanhas e ataques satânicos, em que seus componentes se esforçam para viver conforme o coração de Deus e seus desígnios, essa família é temida pelo inimigo e está mais preparada para se defender e contra-atacar.

Será que existe algo que se possa fazer para reverter a situação da família? Alguns dizem que temos de “passar o Brasil a limpo”, acabar com a corrupção, ter um presidente cristão ou um Congresso preponderantemente evangélico.

Gostaria, no entanto, de sugerir que o maior impacto positivo na nação deveria vir, em primeiro plano, por centenas, milhares de homens comprometidos, levando a sério seus papeis de maridos e pais. Homens que se comprometam a ser fieis a suas esposas, e amá-las incondicionalmente. Pais moderados, compromissados com o crescimento espiritual e emocional de seus filhos. Pais participantes, verdadeiramente integrados à sua família.

Como você tem se protegido dos ataques de Satanás à sua família? Você tem orado com seu cônjuge e filhos? Tem procurado na Palavra princípios que nos orientam a viver de acordo com a vontade do Pai para nós? Você, marido, tem sido fiel à sua esposa? Tem se preocupado com o crescimento espiritual e emocional de seus filhos? Tome cuidado para não ser um pai ausente, expondo sua família a brechas que possam fragilizá-la e até destruí-la!

Jaime e Judith Kemp

O QUÊ? COMO?

Provérbios 18.21

Como já dizia um conhecido apresentador de TV já falecido, quem não se comunica...

Vida ou morte, felicidade ou infelicidade. Estas coisas dependem de sua disposição e capacidade de comunicar-se.

A comunicação, sem dúvida, é o centro de todo relacionamento familiar. Nunca é demais frisar a importância de uma boa comunicação. Ela é a chave para o desenvolvimento de um relacionamento saudável entre marido e mulher.

Existem varias diferenças entre um casal feliz e um infeliz. Uma delas se baseia no fato de o casal se comunicar ou não.

Mas o que é comunicação?

Comunicação é o processo verbal, ou não-verbal, de transmitir uma informação a outra pessoa, de maneira que ela entenda o que você está dizendo.

Comunicação é uma arte. Gastamos a vida inteira para aprender a ser eficiente nessa arte. Uma das necessidades mais presentes da família é aprender a comunicar-se.

Muitas famílias, infelizmente, estão se comunicando muito superficialmente, quase que um telegrama verbal, onde não há abertura e profundidade no relacionamento.

Será que a comunicação, ou a falta dela, entre vocês está sendo motivo de discussões sem necessidade?

(Jaime e Judith Kemp)

PELA GRAÇA, ATRAVÉS DA FÉ

Efésios 2.8,9

Acredito, sinceramente, que uma das grandes necessidades atuais da família são a compreensão e a prática diária da graça de Deus nos relacionamentos interpessoais: maridos e esposas, pais e filhos, irmãos, sogros, genros, noras, tios, primos etc.

Graça significa favor imerecido, isto é, conceder favor especial a alguém que não mereça, que nunca tenha se empenhado em merecer e que jamais poderá retribuir o que está recebendo.

Apesar de termos chegado a Cristo pela fé, confiando apenas na graça de Deus para a salvação, prosseguimos cometendo os mesmos erros dos gálatas do primeiro século: “Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?” (Gálatas 3.3)

Como cristãos, geralmente nos voltamos a Deus apoiados em obras no que se refere à conduta diária e, especialmente, a nossos relacionamentos familiares. Todas as expectativas sobre as bênçãos divinas para nossa vida pessoal dependem de nosso desempenho na vida cristã.

Somos desafiados a sermos fiéis quanto às devocionais, ao estudo e meditação da Palavra, à oração, à assiduidade na igreja, ao testemunho etc... Porém, como é próprio da natureza humana, somos legalistas. Temos a impressão de que se cumprirmos corretamente todas as “obrigações” para as quais somos exortados, aí então recebemos as bênçãos do Senhor. Da mesma forma pressupomos que, se não satisfizermos esses “deveres cristãos”, deixaremos de receber as bênçãos de Deus.

Precisamos ter a convicção e a lembrança de que cada bênção nos chega somente pela graça, através dos méritos do nosso Senhor Jesus Cristo.

Somos pecadores vulneráveis e não conseguimos, por nosso esforço e vontade, atingir os padrões de Deus.

“Nada do que você faça, ou deixe de fazer, fará com que Deus o ame mais ou menos. Ele nos ama unicamente pela graça demonstrada através de Jesus”

(Dr. Howard Hendricks, professor do Seminário Teológico de Dallas, Texas - EUA).

Você acredita que o amor de jesus por você independe de suas atitudes? você acredita que jesus cristo já fez tudo o que deveria ser feito para que você fosse salvo?

QUAL É O PRIMEIRO PASSO?

Juízes 6.25-32

Qual é o primeiro passo? Esta é uma pergunta que se faz diante de novas situações que precisamos superar. Ficamos, às vezes, como boi diante de porteira nova, com medo do desconhecido, sentindo-nos pequenos diante da obra. E, por fim, desanimamos, porque os nossos amigos mais próximos e os nossos familiares não nos apóiam. Isso acontece também na Igreja.

O texto bíblico em destaque narra a respeito de Gideão, que teve medo de não conseguir realizar a missão para a qual Deus o chamara: deveria derrubar o altar dedicado a um falso deus, Baal, que o seu pai construíra. No entanto, mesmo inseguro, Gideão pôde sentir que Deus estava do seu lado, apoiando-o nessa missão.

A primeira ordem que Deus dá, isto é, o primeiro passo, é derrubar o altar de sua família dedicado a Baal. Gideão, com medo, vai, à noite, e cumpre a ordem. Contudo, acaba sendo descoberto. Diante disso o pai é obrigado a tomar uma decisão: ou defende o seu filho e reconhece que estava errado adorando um deus falso, ou continua confiando nele. Enfim, o pai é convertido.

O primeiro passo do filho foi remover os falsos deuses da vida de sua família, substituindo-os pelo Deus vivo e verdadeiro. Assim, também nós, antes de qualquer outra obra, antes mesmo de levantarmos de manhã, precisamos substituir a nossa confiança nos falsos deuses -  em pessoas, no trabalho, no dinheiro, na fama... – pela confiança no Deus vivo que se tornou gente em Jesus Cristo para nos salvar. Este é o primeiro passo. Se você ainda não o deu, dê-o hoje.

DEUS DE TODO O PODER, FORTALECE-NOS NO TEU ESPÍRITO E VEM MORAR EM NOSSOS CORAÇÕES. ANIMA-NOS PARA UMA VIDA DE TESTEMUNHO DO TEU NOME EM LOUVOR A TI. EM NOME DE JESUS. AMÉM.

PLANTAR E COLHER

Gálatas 6.1-18

O pensamento da eternidade assusta muitas pessoas. A morte acaba com tudo aqui no mundo. Por isso, é melhor nem pensar nela. Este é o raciocínio de muitos. Porém, a realidade inegável é que a vida é um caminhar constante rumo à morte e à eternidade. Será que não convém olhar para o que nos espera lá na frente? Se não o fizermos, podemos perder o rumo da vida.

Enquanto vivemos, estamos envolvidos pela morte. Por isso, é preciso refletir sobre a advertência do apóstolo Paulo: “o que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno colherá a vida eterna” (vv.7s.).

Os pensamentos do texto são lógicos: colhe-se o que se semeou. O apóstolo aplica esta lógica da natureza às coisas espirituais. Quem semeia uma vida de desobediência à vontade de Deus, sem se preocupar com os seus pecados, colherá as conseqüências do pecado, ou seja, a condenação eterna. Quem semeia no terreno do Espírito de Deus, isto é, quem se deixa guiar pelo Espírito do Senhor, colherá a vida eterna. A esses, Jesus prometeu enviar o Espírito Santo, para conduzi-los, confortá-los e ampará-los. É ele que mantém os filhos de Deus firmes na fé em Jesus Cristo e lhes dá a certeza de que cumprirá a promessa gloriosa da vida eterna. E quem vive nesta certeza pode olhar confiante para o futuro, sem temer a morte e a eternidade, baseado na promessa de Jesus: “eu vivo, vocês também viverão” (João 14.19).

BONDOSO E QUERIDO DEUS, AJUDA-NOS PARA QUE POSSAMOS PLANTAR SEMPRE NO TERRENO DO TEU ESPÍRITO PARA COLHER A VIDA ETERNA. EM NOME DE JESUS. AMÉM.

ACEITOS POR DEUS PELA FÉ

Gálatas 2.11-21

A rejeição é um sentimento que causa aborrecimento. Por isso, investimos tudo para conquistar amigos e coisas. Tentamos, inclusive, conquistar a Deus.

O apóstolo Paulo lembra aos irmãos da Galácia, a quem escreve esta carta, de que “todos são aceitos por Deus comente pela fé em Jesus Cristo...”(v.16ª). Ele precisa lembrar-lhes esta verdade, pois poderia haver uma divisão entre eles. Paulo mesmo havia se colocado contra Pedro por entender que este estava errado em sua maneira de pensar e agir (v.11).

Muitas vezes, a gente não concorda com o que alguém pensa e diz, na família, no trabalho ou na Igreja. A discordância é um sentimento, até certo ponto, normal entre as pessoas. Mas, para evitar problemas, o apostolo recomenda agir com coerência e tolerância. Judeus e não-judeus tinham historias e experiências diferentes (v.14). Agora, porém, estavam juntos na mesma Igreja, “pela fé em Jesus”. Não adiantava um tentar obrigar o outro a agir como ele pensava. Isso é incoerente para quem sabe que Deus nos aceita pela fé. Por outro lado, “se já não sou mais eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim” (v.20), saber tolerar as diferenças é sinal de maturidade, que pode ser fator de união e evitar a divisão.

Ao invés de querermos conquistar, devemos nos saber “conquistados” por Deus. Ele nos aceita pela fé em Cristo e isso vale a para todos, também para os que são diferentes de nós. Conhecer esta verdade pode ajudar-nos, em nossos relacionamentos, a demonstrar mais coerência e tolerância.

SENHOR, QUE BOM QUE NOS ACEITAS. AJUDA-NOS A TERMOS O MESMO SENTIMENTO PARA COM OS OUTROS. SE TIVERMOS QUE DAR UM CONSELHO A QUEM ESTÁ ERRADO, DÁ-NOS TOLERÂNCIA. SE ALGUÉM PRECISA MOSTRAR NOSSOS ERROS, DÁ-NOS COERÊNCIA PARA QUE O ACEITEMOS. AMÉM.

ALEGRIA E ÂNIMO

Atos 11.19-30

É verão. Vejo, da minha janela, uma planta que está começando a frutificar. Penso nos seus frutos. São pequenos, vermelhos, lustrosos – sem nome, para mim. Vejo as frutinhas e me alegro; mas, ao mesmo tempo, não deixo de sentir certa tristeza. Imagino os riscos a que estão expostas e a possibilidade de que muitas delas não chegarão a amadurecer.

Assim acontece com as pessoas. Vê-las sendo convertidas para Cristo é uma enorme alegria. Ao mesmo tempo, fico apreensivo ao pensar nos perigos a que elas estão expostas. Quantas vão permanecer desfrutando a alegria da salvação? O próprio Jesus, na parábola do semeador, previne sobre os resultados produzidos pelo Evangelho. A experiência confirma essa realidade!

Não é diferente no texto bíblico em destaque. Ali, estão os apóstolos e Barnabé, alegrando-se com a conversão de gregos e, ao mesmo tempo, animando-os a “continuarem fiéis ao Senhor, de todo o coração” (v.23). Belo gesto este de Barnabé com os convertidos em Antioquia! Em Atos 4.37, Barnabé é chamado de “Aquele que dá ânimo”. Então, “Aquele que dá ânimo” estimula os gregos a que, de todo o coração, continuem fiéis ao Senhor. Esta palavra é a mais importante para os recém-convertidos. A fidelidade é o fundamento. Permanecer nas demais coisas, é uma conseqüência do permanecer no Senhor. Barnabé não lhes apresenta regras, comportamentos, orientações morais. Ele atém-se ao essencial: que permaneçam fiéis no Senhor. Nele, darão muitos e permanentes frutos.

SENHOR, ENSINA-NOS A NOS ALEGRAR-MOS COM AQUELES QUE SÃO RECEBIDOS EM TEU REINO. ENCORAJA-NOS A ANIMÁ-LOS COM O PERDÃO, A VIDA E A SALVAÇÃO QUE SÓ TU PODES DAR. EM NOME DE JESUS. AMÉM.

DE QUE MUNDO VOCÊ É?

1 João 2.12-17

O texto bíblico acima dirigi-se à comunidade cristã. O autor está preocupado com a integridade espiritual dos seus leitores. Seu zelo é pastoral e muito amoroso. João parte do principio de que os destinatários da sua carta conhecem a mensagem do amor de Deus. Por isso, têm permanecido fiéis (vv. 12-14). É assim que este texto quer dirigir-se também a você. Ele está interessado em que você continue sendo um fiel e forte filho de Deus.

A mensagem passada motivou a amar concretamente o próximo. Hoje, amarmos “o mundo”. A palavra mundo, aqui, não se refere, em primeiro lugar, ao universo criado, mas a uma realidade espiritual que se opõe a Deus! Por isso, a recomendação para não amar o mundo não pode ser entendida como uma justificativa para não se envolver com os problemas da criação e da própria humanidade; não pode ser usada como desculpa para negar o cuidado que a vida precisa. Afinal de contas, o próprio Cristo não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo (João 3.17); e o próprio Salvador foi julgado por ir ao encontro de publicanos, pecadores e pessoas tidas como impuras e de má fama.

Não amar o mundo significa agir de tal forma que a injustiça, a violência, a indiferença, a falta de solidariedade e a falta de paz sejam o jogo daqueles que só pensam em si. Não amar o mundo implica virar as costas para a maldade e voltar-se para Deus. Exatamente o que Cristo fez. Este é o jeito de não amar o mundo.

AJUDA-ME, SENHOR A MANTER-ME AFASTADO DE TUDO O QUE PODE ME AFASTAR DE TI, DO MEU IRMÃO E DA MINHA IRMÃ. AJUDA-ME A AMAR A TUA PALAVRA, A JUSTIÇA, A PAZ, A TUA CRIAÇÃO, E A CUMPRIR A TUA VONTADE. AMÉM.