Jeremias 11.18-29
Na época do profeta Jeremias, o rei Josias prometeu uma ampla
reforma para eliminar a idolatria entre o povo de Israel. Altares e lugares
onde eram celebrados cultos a ídolos foram destruídos. A partir de então, lugar
de culto seria exclusivamente o templo de Jerusalém.
Sob o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, a idolatria retornou. O
povo tornou-se como uma oliveira que não produz mais frutos (Jeremias
11.10,16). Diante disso, Jeremias anunciou que o povo sofreria uma enorme
desgraça. Ele não desejava a destruição dos israelitas. Na verdade, anunciando
o castigo, almejava prevenir e alertar o povo; queria que ele se convertesse
para que a desgraça não se concretizasse.
A pregação do profeta provocou a ira de algumas pessoas que
passaram a ameaçá-lo. Deus alertou-o de que havia gente tramando contra ele. Avisado
pelo Senhor, num primeiro momento, o homem de Deus sentiu-se como um cordeiro
que não sabe o que o espera e, mesmo assim, segue, mansamente, até o matadouro.
Num segundo momento, reagiu como qualquer outro ser humano. Numa hora de
desânimo, desabafou, pedindo que Deus o vingasse de seus inimigos. Não fez
justiça com as próprias mãos, mas deixou a vingança por conta do Pai.
Jeremias revelou-se como um ser humano. A vingança é um sentimento
próprio das pessoas. Quem sofre ameaças, reage, quer vingar-se. O Evangelho, no
entanto, propõe que eliminemos este sentimento; pede que amemos os inimigos,
que confiemos em Deus e vivamos a paz oferecida por Cristo (João 14.27)
Senhor Deus, afasta de nós a idolatria e o sentimento de vingança. Move-nos
a olharmos e confiarmos em Jesus Cristo que, sofrendo dor e mostre, clamou por
paz e a pregou. Amém.
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