II Crônicas 34.8-21
De tempos em tempos, somos defrontados com a necessidade de pôr nossa
vida em ordem. Isso ajuda-nos a redescobrir novos tesouros e valores, a fazer
correções de percurso e a recobrar nosso eixo central como pessoas, como
família e como comunidade.
O governo do rei Josias tem como marca a luta contra a idolatria
em Judá e Israel. A chamada “reforma do Templo” era um movimento de
redescoberta da fé em Deus, o grande eixo em torno do qual girava a vida,
especialmente religiosa e política.
O culto a Deus estava tão escondido, que a camada de poeira dos
porões, a desmemoria da vida comunitária e a falta de compromisso e constância
tornaram-no quase irreconhecível. Para resgatá-lo, foi preciso lutar contra os
cultos estrangeiros, especialmente aqueles voltados a Baal, o deus que revelava
sua força nas relações de poder.
No esforço de pôr a vida do povo em ordem, Josias chegou aos
recursos financeiros escondidos e às palavras que normatizavam a caminhada de
seu povo. O dinheiro encontrado foi encaminhado aos administradores da obra. Quando
comparou o que dizia o Livro da Lei com a prática, o rei ficou perplexo com a
idolatria e mandou consultar a Deus, para saber o que deveria fazer.
A idolatria sempre nos faz pensar em imagens esculpidas ou
pintadas. Mas os piores ídolos não são os “metais”. Estes escondem nossos
interesses, mascaram nossas intenções e comandam nossa vontade. Façamos como
Josias: peçamos a Deus coragem para deixar o desvio e voltar aos seus
propósitos.
Senhor, queremos pôr nossa vida em ordem. Dá-nos disposição e
coragem. Ajuda-nos nessa tarefa necessária para que, ao redescobrir tesouros
perdidos, consertemos nosso rumo na busca do teu querer e reencontremos nossos
propósitos de vida nos teus propósitos. AMÉM.
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