Ester 1.1-22
A realidade é de perversão na corte. Assentado em seu trono, nada
parece abalar a segurança e o poder do rei persa Assuero. Gozava as riquezas de
um império que se estendia da Índia até a Etiópia. Para mostrar seu poder,
ofereceu um banquete aos poderosos. Depois, também ao povo. Mas não o fez por
generosidade. Era apenas ostentação. Durante uma semana, o povo bebeu e comeu à
vontade, às custas do rei. No restante do tempo, precisava submeter-se à
vontade férrea do soberano.
Finalmente, as mulheres também foram convidadas para a festa. Entre
elas, a rainha Vasti. O rei queria exibir sua esposa, deixando claro que
mulheres são meras propriedades de homens. Mas Vasti negou-se a assistir às
festas imorais. Por desobedecer às ordens, acabou deposta.
Uma outra rainha precisava ser escolhida. Como de costume,
importava que fosse formosa (Ester 2.9). a escolha recaiu sobre Ester (Ester
2.17), uma israelita. Mas, assim como Vasti, também ela não se submeteu aos
caprichos do rei. Enquanto este se interessava somente pelo poder, Ester
preocupava-se com o seu povo, que era humilhado. Ela fez o rei ver que nem o
poder, nem a pompa do palácio, nem o próprio casamento com ele significavam paz
e felicidade para ela. O que ela queria mesmo era a felicidade do povo.
Deus valeu-se de duas mulheres para mudar a história daquele
reino. Através de pessoas consideradas frágeis, o poderoso rei é fragilizado. Finalmente,
através de Ester, Deus libertou o seu povo escravizado naquelas terras
distantes.
Senhor Deus, ensina-nos
a não calar diante da violência. Faze de nós, também hoje, instrumentos da tua paz. Livra-nos
do egoísmo que busca sua própria felicidade sem se importar com a vida do
semelhante. Por Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém.
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