Juízes 10.17-11.11
Há um principio que diz que não se deve jogar fora aquilo que um
dia será útil. Uma das coisas menos descartáveis é, sem duvida, a vida humana.
O texto bíblico de hoje conta a historia de Jefté, filho de
Gileade e de uma prostituta. Os irmãos de Jefté, por parte de pai, para evitar
a partilha da herança com ele, expulsaram-no de casa. Porem, quem fora
descartado, faltou mais tarde. Quando estavam ameaçados pelos inimigos,
reconhecendo as qualidades do meio-irmão, recorreram a ele para que assumisse o
comando do exercito libertador.
História idêntica é cantada numa composição de Chico Buarque de
Holanda “Geni e o Zepelim”. O que transparece na letra dessa música é uma forte
critica social. Geni, uma meretriz insultada por todos, é chamada para livrar a
cidade de um ataque inimigo. Toda a população se une no clamor para que Geni aceite
salvar a cidade das bombas inimigas. Quando ela aceita a tarefa, espera-se a
gratidão dos que antes clamavam: “Você pode nos salvar. Você vai nos redimir.
Bendita Geni”. No entanto, o que se ouve como resposta é: “Joga pedra na Geni.
Maldita Geni”.
Muitas
vezes, aquelas pessoas que são desprezadas tornam-se, no projeto de Deus,
instrumentos de libertação. O Novo Testamento mostra que a nova construção
apóia-se, justamente, sobre a pedra rejeitada, Jesus (Mateus 21.42). que Cristo
nos ajude a refletir sobre o valor das pessoas, inclusive daquelas que
desprezamos. Que aprendamos a não descartar ninguém, pois todos têm potencial e
são amados por Deus.
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