quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Não Vejo!

Não Vejo!
João 9.13-41 -  Levaram aos fariseus o homem que fora cego. 
Era sábado o dia em que Jesus havia misturado terra com saliva e aberto os olhos daquele homem.
Então os fariseus também lhe perguntaram como ele recebera a visão. O homem respondeu: "Ele colocou uma mistura de terra e saliva em meus olhos, eu me lavei e agora vejo".
Alguns dos fariseus disseram: "Esse homem não é de Deus, pois não guarda o sábado". Mas outros perguntavam: "Como pode um pecador fazer tais sinais miraculosos? " E houve divisão entre eles.
Tornaram, pois, a perguntar ao cego: "Que diz você a respeito dele? Foram os seus olhos que ele abriu". O homem respondeu: "Ele é um profeta".
Os judeus não acreditaram que ele fora cego e havia sido curado enquanto não mandaram buscar os seus pais.
Então perguntaram: "É este o seu filho, o qual vocês dizem que nasceu cego? Como ele pode ver agora?"
Responderam os pais: "Sabemos que ele é nosso filho e que nasceu cego.
Mas não sabemos como ele pode ver agora ou quem lhe abriu os olhos. Perguntem a ele. Idade ele tem; falará por si mesmo".
Seus pais disseram isso porque tinham medo dos judeus, pois estes já haviam decidido que, se alguém confessasse que Jesus era o Cristo, seria expulso da sinagoga.
Foi por isso que seus pais disseram: "Idade ele tem; perguntem a ele".
Pela segunda vez, chamaram o homem que fora cego e lhe disseram: "Para a glória de Deus, diga a verdade.
Sabemos que esse homem é pecador".
Ele respondeu: "Não sei se ele é pecador ou não. Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo!"
Então lhe perguntaram: "O que ele lhe fez? Como lhe abriu os olhos?"
Ele respondeu: "Eu já lhes disse, e vocês não me deram ouvidos. Por que querem ouvir outra vez? Acaso vocês também querem ser discípulos dele?"
Então o insultaram e disseram: "Discípulo dele é você! Nós somos discípulos de Moisés!
Sabemos que Deus falou a Moisés, mas, quanto a esse, nem sabemos de onde ele vem".
O homem respondeu: "Ora, isso é extraordinário! Vocês não sabem de onde ele vem, contudo ele me abriu os olhos.
Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade.
"Ninguém jamais ouviu que os olhos de um cego de nascença tivessem sido abertos.
Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma".
Diante disso, eles responderam: "Você nasceu cheio de pecado; como tem a ousadia de nos ensinar? " E o expulsaram.
Jesus ouviu que o haviam expulsado, e, ao encontrá-lo, disse: "Você crê no Filho do homem?"
Perguntou o homem: "Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia?"
Disse Jesus: "Você já o tem visto. É aquele que está falando com você".
Então o homem disse: "Senhor, eu creio". E o adorou.
Disse Jesus: "Eu vim a este mundo para julgamento, a fim de que os cegos vejam e os que vêem se tornem cegos".
Alguns fariseus que estavam com ele ouviram-no dizer isso e perguntaram: "Acaso nós também somos cegos?"
Disse Jesus: "Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece".

Um cego fora curado por Jesus, mas muitos duvidaram. Não conseguiram acreditar em tal milagre. Alguns acharam que não se tratava do cego que conheciam. Afinal, como um cego de nascença poderia, de repente, passar a enxergar? Os fariseus, especialistas na Lei de Deus, acharam melhor acusar Jesus de transgredir a lei do sábado do que reconhecer que Ele era mesmo o Filho de Deus. Fizeram um interrogatório com o cego e até chamaram seus pais para confirmar se tinha sido cego mesmo. Tudo indicava que Jesus tinha feito o milagre – mas como, se para os fariseus ele era tão pecador quanto qualquer outra pessoa?
Eles achavam que conheciam tudo sobre Deus, mas Jesus lhes mostra que agiam como cegos: viam as obras de Deus, mas não acreditavam nelas. Preferiam provar que Jesus era um farsante do que crer nEle como o Messias prometido por Deus em sua Palavra, que eles tanto estudavam. Jesus fora enviado por Deus para “pregar as boas novas aos pobres... proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lucas 4.18-19), ou seja, veio para que aqueles que quiserem ver cressem nEle e recebessem a vida eterna com Deus. Ele sabia que sua vinda também deixaria muitas pessoas confusas, “cegas” em suas convicções.
É fácil condenar os fariseus por sua cegueira espiritual, mas não agimos assim muitas vezes? Quando apelamos à ciência para explicar a cura de doenças, o surgimento do universo, as mudanças no clima, as coincidências cotidianas... Deixamos de agradecer e glorificar a Deus, reconhecendo seu senhorio sobre tudo e todos, para atribuir o que nos acontece ao acaso, à bondade dos outros ou às nossas próprias capacidades. Não estamos também agindo como cegos? Abra seus olhos para reconhecer a ação de Deus no mundo e em sua vida!

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