quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Expectativa

Expectativa
João 4.46-53 - Mais uma vez, ele visitou Caná da Galiléia, onde tinha transformado água em vinho. E havia ali um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum. Quando ele ouviu falar que Jesus tinha chegado à Galiléia, vindo da Judéia, procurou-o e suplicou-lhe que fosse curar seu filho, que estava à beira da morte. Disse-lhe Jesus: "Se vocês não virem sinais e maravilhas, nunca crerão". O oficial do rei disse: "Senhor, vem, antes que o meu filho morra". Jesus respondeu: "Pode ir. O seu filho continuará vivo". O homem confiou na palavra de Jesus e partiu. Estando ele ainda a caminho, seus servos vieram ao seu encontro com notícias de que o menino estava vivo. Quando perguntou a que horas o seu filho tinha melhorado, eles lhe disseram: "A febre o deixou ontem, à uma hora da tarde". Então o pai percebeu que aquela fora exatamente a hora em que Jesus lhe dissera: "O seu filho continuará vivo". Assim, creram ele e todos os de sua casa.

Se a história que você acabou de ler fizesse parte de um seriado, daqueles em capítulos na imprensa ou na televisão, o autor certamente interromperia a narrativa após o versículo 50 com algo como: “Como o oficial encontrará seu filho? Não perca o próximo capítulo” Para João o que importa não era deixar o leitor nessa expectativa, mas aquele oficial certamente passou por essa sensação. Entre o encontro com Jesus e o reencontro com seu filho havia uma viagem de Caná a Cafarnaum, e o texto diz que ele só chegou ao destino no dia seguinte. Aflito como estava pela cura do filho, imaginamos a tensão que ele sentiu nesse intervalo. O relato diz apenas que ele confiou na palavra de Jesus, apesar de Jesus lhe ter negado seu primeiro pedido – de acompanhá-lo até o lugar. É verdade que, com isso, Jesus transmitiu segurança ao mostrar tranquilamente que sabia o que estava dizendo e fazendo. Se o acompanhasse, a expectativa talvez não fosse melhor: Jesus vai examinar o rapaz – será que vai conseguir fazer algo? Aqui o homem já partiu com a promessa de atendimento – mas era apenas uma promessa, nada visível.
Para nós, levanta-se diante dessa história a questão de como lidamos com as promessas de Deus, porque Ele também não nos acompanha visivelmente. No entanto, ao ler a Bíblia, encontramos com freqüência suas promessas para nós – não necessariamente de cura de doenças, como aqui, mas do seu cuidado com nossa vida e de orientação para ela, de seu amor e misericórdia diante de nossas debilidades e falhas. Mais ainda, para nos tornar cada vez mais semelhantes a Ele mesmo (2Pe 1.4)! 
O procedimento daquele oficial pode ensinar-nos a ficar tranqüilos a respeito do que Deus nos promete, mesmo se durante algum tempo ainda ficarmos sem enxergar nada, porque, como diz o versículo de Salmo 33.4, Deus é fiel e sua palavra não falha.

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