quarta-feira, 20 de março de 2013

Nova Chance

Mateus 26.17-25

Quando leio o texto em destaque, lembro que Judas caminhou com Jesus por tanto tempo e, mesmo assim, entregou seu Mestre aos que queriam matá-lo. Também me desafia o fato de Jesus compartilhar com o traidor aquela refeição tão importante. A ceia da amizade e do prenúncio da morte do Salvador assumia, naquele momento, outro tom. Era como dizer: “Há um traidor entre nós – alguém que parece ter os mesmos interesses de todos mas, no fundo, tudo o que faz é visando apenas a si mesmo”. Para Jesus, havia a expectativa de sofrimento e morte pelos pecados da humanidade para proporcionar vida eterna. Será que alguém ficou perplexo com a tranqüilidade de Judas em cear junto com todos e logo depois entregar Cristo por um valor irrisório para um ato tão hediondo? Ao cair em si, todavia, Judas não se arrependeu do ato – sentiu remorso, apenas. Em sua insensatez, pareceu-lhe único o caminho do suicídio (Mt 27.3-5). E pensar que Jesus esteve sempre ali, pronto para ouvir, atender, restaurar. Ele perdoou a tantos, restaurou a Pedro, atendeu às duvidas de Tomé, manifestou-se aos seus amigos - discípulos medrosos e covardes, derramou-lhes o Espírito Santo. Mas a Judas restou a auto exclusão do grupo e da existência, que já não mais lhe cabiam.
Judas é a figura do pseudo discípulo, do desperdício da grande oportunidade de deixar-se transformar pela proximidade com o Mestre e, no entanto, tão longe? Já andou com Ele e conheceu a paz que Ele traz mas, por alguma razão, afastou-se do Mestre e teme não ser mais aceito? Não importa a que distância de Deus você esteja, há sempre a chance de voltar para aos braços eternamente acolhedores de Deus. Ele o receberá como o pai do filho perdido (veja o versículo em destaque). Venha correndo!


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