quarta-feira, 7 de março de 2012

A RELAÇÃO COM JESUS


João 12.1-11


Pensei que o relato de João sobre encontro de amigos e amigas de Jesus, seis dias antes da Páscoa, fosse apenas mais uma crônica de um jantar. Mas, não é. Trata-se de um relato sobre as relações que todos nós estabelecemos com o Mestre. Na verdade, ele conta a história da minha própria relação com Ele. E, talvez, também da sua.
Como Marta, estou atarefado, cheio de energia para agir e servir, sem tempo para me sentar à mesa para desfrutar da companhia de Jesus e dos demais. Sou Lázaro, que experimenta uma nova vida pelo poder do Senhor. Sou Maria, apaixonada, desmedida, dedicada, intensa em seu amor ao Mestre, a ponto de não considerar preço. Sou Judas, o seu contrário, mesquinho e interesseiro, cheio de desculpas nobres para ações pobres. Sou pessoa curiosa, como a multidão. Quero ver o espetáculo religioso em lugar da cruz e da graça das coisas ordinárias do cotidiano. Mas, também sou o religioso defensor da boa ordem das coisas que sempre foram, e conspiro contra meu irmão e minha irmã, porque representam a minha insegurança e a minha falta de fé.
Sim, esta é a história da minha relação com Jesus na mesa do altar, na iminência de seu sacrifício, no limite da vida e da morte, na esperança da ressurreição. Quisera ser sempre como Maria, cujo perfume enche toda a casa, testemunhando a graça de Deus. Mas não posso nem consigo. Minha esperança é que Jesus me acolha como sou. E, por causa disso, posso ver que os pobres ainda estão ai e me pedem, hoje, o testemunho de vida e sacrifício que vem da cruz de Cristo.

DEUS PAI, QUE, EM TUA MISERICÓRDIA, NÃO LEVES EM CONTA AS MINHAS IMPERFEIÇÕES, DESCULPAS OU INSEGURANÇAS. QUE TU TÃO SOMENTE ACEITES QUE EU DERRAME O PERFUME DA MINHA VIDA EM GRATIDÃO PELO TEU AMOR, MAS QUE ESSE PERFUME TAMBÉM ALCANCE AS PESSOAS POBRES E SOFRIDAS DESTE MUNDO. AMÉM.

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